domingo, 29 de setembro de 2013

Resenha - We all want to be Young



 Vídeo que apresenta três grandes momentos da história social. Discute a geração atual, que possui uma linguagem própria, comportamento diferente, criando novos hábitos de consumo. Os jovens influenciando os mais velhos. Esta geração possui um grande poder de compra, se comparado com os pais.
Essa geração tem origem nos Baby Boomers – II guerra mundial- inseguros, impacientes, provocaram grandes mudanças. Primeira geração a conquistar o direito do jovem. Representado pelo lifestyle jovem. Receberam a chave de casa, o ir e o vir viram rotina.produziram grandes festivais, invadiram os centros acadêmicos – a “juventude libertária”. Vistos como loucos, símbolo maior é “ paz e amor”.
O estágio seguinte foi a geração X – a partir dos anos 60 – aproveitaram os direitos conquistados pela geração anterior. Lema, “prazer sem culpa”. Inconformados e entusiastas, novas conquistas alcançados: quarto individual, em casa; marca – estereótipos, marketing e publicidade; juventude competitiva. Novas regras sociais são estabelecidas.
A juventude global -  a milennials – não só têm a chave da casa, do quarto, mas a conquista do mundo, através da internet e suas identidades. A transcendência é a marca principal. O momento não é coincidência, é um misto de  globalização, conexões estéticas e comportamentos. O excesso de informações e possibilidades trouxe  ansiedade para essa nova geração, pois  precisam filtrar de forma correta as informações.
Uso da linguagem hiperbólica por medo de se perderem na multidão. Isto dificulta a compreensão de quem está próximo. O modo não linear de pensar é reflexo da internet. É normal começar com um assunto e terminar com outro.
Difere muito das gerações anteriores, ser normal é “muito chato”. Desempenham uma multiplicidade de papéis. Formação de uma rede social fez-se um imenso número de relacionamentos efêmeros, refletidos também no trabalho. Queda do hierárquico tradicional, união do trabalho ao prazer.  
Os jovens são pragmáticos e realistas, seus ídolos não são idealizados, mas  pessoas comuns que realizam pequenos sonhos. Trazem o rosto da nova economia: iniciativas independentes que, com a força da internet, podem dar um impacto extraordinário. Traz a consciência coletiva – o “ zeitgeist” do futuro.
Para entender o mundo atual, é preciso entender esse jovem “catalisador de mudanças”. Assim, a busca de entender as mudanças poderá nos manter sempre jovens.

Vale à pena assistir. Confira: http://www.youtube.com/watch?v=MaSYa0QNVUM


Genilda Melo
Graduada em Letras, especialista em Estudos Comparados em Literaturas de Língua Portuguesa, especialista em Gestão Escolar, Mestranda em Educação.
 

sábado, 28 de setembro de 2013

CULTURA MIDIÁTICA - caminho para o reencontro entre professor e aluno.




 Maria Luisa Belloni (2010) cria uma hipótese de que as TICs podem estar criando uma distância muito grande entre adultos e crianças, atribuindo o ato violento das relações interpessoais a esse fato.

[..]invertendo os papéis tradicionais na relação entre o adulto-que-sabe e a criança­-que-nada-sabe e criando uma nova espécie de diversidade cultural intergeracional e interclasses, cuja característica mais marcante é a fissura em torno das questões éticas que envol­vem a compreensão de muitos elementos do mundo, especial­mente ligados à política e à violência que circunda nossas vi­das”(p.13)

Neste ponto há o entrave: a escola está distante da realidade dos adolescentes e jovens desta era digital. Os professores que foram educados em uma cultura presencial e oralista, não acreditam nessa nova forma de aprender do aluno – num ambiente sem lugar, na ausência do concreto.
Entretanto, o que se vê é um entrelaçamento de ideias e comportamentos. Criou-se a cibercultura, “conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” (LÉVY, 2000, p. 17)
O resultado de tudo isto é uma complexidade de mudanças sociais e comportamentais, “misturas e integração de diferentes gerações tecnológicas, fica evidente a complexidade das formações culturais dos nossos tempos.”(Arrida e Ramos, 2013, p. 54) Formando uma cultura híbrida, de consciência coletiva.
Este é o momento de o professor mudar de status. Aderir as diversas possibilidades da cultura midiática, apropriar-se pedagogicamente das diferentes ferramentas e mídias ( sites, blogs, vídeos, facebook),  acompanhar a cibercultura. Navegar junto com os alunos nas diversas redes.  
 
Genilda Melo
Graduada em Letras, especialista em Estudos Comparados em Literaturas de Língua Portuguesa, especialista em Gestão Escolar, Mestranda em Educação.

domingo, 15 de setembro de 2013

Cenário da Educação atual


Com a mudança de paradigma, onde o aluno passou a ser o centro da educação, outra relação extremamente importante começou a ser discutida: a vivência professor-aluno.

Teóricos respeitados tentam traçar um caminho a ser percorrido para que esses dois essenciais elementos do fazer pedagógico possam andar em harmonia para que resulte no aprender.

Paulo Freire em sua obra Educação da Autonomia  discute que as pessoas não são iguais, as crianças não são vazias em si mesmas, trazem para a escola conhecimento e experiências que devem ser respeitadas pelo professor. Assim, o professor não pode ser autoritário para que não sufoque  a liberdade das crianças, tão pouco “aprisione a mente” delas. Para que a relação com o aluno dê certo, é preciso respeitar os saberes do aluno, e crescer com as experiências deles. Cativar, motivar e despertar a curiosidade. Portanto, ensinar é ter humildade, tolerância, defender os direitos dos alunos; é “ ter alegria e esperança no coração”. “ saber escutar o que o aluno tem a dizer”. Ter disponibilidade para o diálogo. Considerar o aluno como o fruto do futuro.

De forma análoga, Rubem Alves com sua visão sonhadora,  no vídeo, O Papel do Professor, propõe um novo tipo de professor: o que “não ensina nada”, “é um professor de espantos”. Pois o “objetivo da educação não é ensinar coisas, pois as coisas já estão na internet, estão por todos os lugares, estão nos livros”. É “ensinar a pensar”.

Pedro Demo, em uma entrevista a revista Nova Escola, disse que aprender bem está ligado a pesquisa, “pesquisa é uma boa maneira de formar”. Para isto o professor precisa “saber convencer sem vencer”. “saber fundamentar, sem ser dono da verdade”. Ele advoga que o ambiente pedagógico que dar certo é : criar uma certa modéstia,  consolidar uma ideia, mas ao mesmo tempo essa ideia deve continuar aberta, “ não poder ter ideias fixas”, “saber escutar o outro”, “ter o outro como parceiro e não como dominado”. Para ele isto é “ incrivelmente pedagógico, incrivelmente, socrático, maiêutico, incrivelmente construtivista”. A pesquisa como princípio científico traz num equilíbrio todas as boas teorias da aprendizagem.

Mas o que se tem visto em reportagens de jornais, revistas, blogs é um digladio entre professor e aluno.

          As imagens que se têm percebido da relação professor – aluno são as mais cruéis possíveis.
Charges, frases, resenhas, traz uma imagem degradante do professor em sala de aula.

                                                   
AVERSÃO A METODLOGIA
"O BICHO PROFESSOR"


 "FILA INDIANA" - manipulação e selvageria


 REPORTAGEM SOBRE A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

          Em análise desse quadro, as escritoras Monica Carapeços Arriada e Edla Maria Faust Ramos, editado pelo MEC, neste ano de 2013, com fins a orientar o cursista do Rede de Aprendizagem, que traz como objetivo “promover a análise do papel da escola e dos professores frente à cultura digital nesta sociedade altamente tecnificada.”
 CULTURA MIDIÁTICA - caminho para o reencontro entre  professor e aluno.



Genilda Melo
Graduada em Letras, especialista em Estudos Comparados em Literaturas de Língua Portuguesa, especialista em Gestão Escolar, Mestranda em Educação.