PRÁTICAS EDUCACIONAIS E MOBILIDADE
SOCIAL
A
mobilidade social acontece em uma rede de ações programadas e intencionalmente
organizadas. Desde o intercâmbio das
políticas internacionais até a elaboração de uma mais simples atividade em sala
de aula.
As
políticas internacionais favorecem as reformas educacionais para se adequarem
aos resultados esperados que possam cumprir a meta estabelecida para cada país.
Para Vanessa Leite, 2012,
Reforma educacional pode ser entendida para
além de um texto legal,
contudo,
subsumida nele, implementada pelo estado, não pensada apenas pelos seus
organismos, mas pela sociedade e suas instituições ou grupos de interesses, e
ainda, influenciado por políticas e acordos internacionais, com intento de uma
mudança ampla, institucionalizada e deliberada, destinada à mobilização de
todos os indivíduos envolvidos com a educação, ou seja, à regulação e ao
controle social. (p.3)
Por
sua vez, a reforma educacional incide em cadeia no reordenamento do currículo, pois
é neste aspecto que define “[..]as suas intenções, e mais às estruturas
que criam e transformam e, a quê interesses mostram-se abertas e as quais
permanecem fechadas”(LEITE, 2012, p.2), apesar de que “[..]a reforma educacional
não transforma as práticas escolares ou a formação docente na mesma velocidade
com que são planejadas e na mesma quantidade dos textos produzidos pelos
reformadores”. (LEITE, 2012, p.3) Foi o que aconteceu no Brasil. A constituição
de 1988, “a cidadã”, trouxe princípios democráticos, que foram regidos na
criação da LDB 9.394/96, mas que apenas hoje, vinte e cinco depois, estão sendo
parcialmente concretizados.
Pensando no pacto internacional, o currículo escolar
precisou ajustar-se às mudanças da economia, da cultura e da subjetividade. Entrou
em pauta a Gestão democrática e participativa, a descentralização dos recursos
e uma questão fundante: a formação dos professores, “especialmente da
formação em serviço, ao lado de uma fragilização das formas de organização da
categoria docente [..]” a identidade do professor passou a basear-se na tríade:
“o saber do Conhecimento, os saberes Pedagógicos e o saber da Experiência” (LEITE, 2012, p.9)
Intitula-se o “professor-pesquisador”.
Isto dará ao docente a “mágica”
de resolver os problema do cotidiano em sala de aula, como também, agir
pedagogicamente correto, a fim de preparar os estudantes para reagirem positivamente
aos instrumentos de mobilidade social. ENEM, SISU, como forma de entrarem em
uma faculdade, porta aberta para o mercado de trabalho.
Por outro lado, as escolas
sofreram acompanhamento dos órgãos de monitoramento para qualidade de ensino: MEC/INEP/SEC.
Instituiu-se a avaliação externa através do PROVA BRASIL, ENEM, AVALIE, outros.
O ranking diz do IDEB de cada unidade escolar, o que conjugará qualidade e
crescimento, transformados na ascensão do jovem no mercado de trabalho.
A tecnologia virou ferramenta
principal do trabalho docente, a linguagem midiática indicada como a mais
eficiente no processo do ensinar e do aprender. As redes socais, principais
elementos de interação e interlocução na formação dos sujeitos.
Será que o docente já está
preparado para responder as tantas demandas impostas pelo social? Como produzir
resultados satisfatórios se demais segmentos sociais responsabilizaram apenas a
escola em cumprir esse papel?!!!
Genilda Melo
Graduada
em Letras, especialista em Estudos Comparados em Literaturas de Língua
Portuguesa, especialista em Gestão Escolar, Mestranda em Educação.
REFERÊNCIAS
BACKES,
Lucas Henrique. Professor Pesquisador.
Disponívelhttp://mat.ufrgs.br/~vclotilde/disciplinas/pesquisa/texto_Backes.pdf
CAMPOS, Maria
Malta. Reformas Educacionais e o Impacto sobre o
Curriculo. Disponível em:
LEITE,
Vanessa Caldeira. As Reformas
Educacionais e suas Implicações na Prática de Ensino na Formação de Professores.
Disponível em: http://www2.unimep.br/endipe/2496p.pdf
MORAN,
José Manuel. Midias na Educação. Disponível
em: http://www.eca.usp.br/moran/midias_educ.htm
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